Aconteceu nessa terça-feira (2), em Caruaru, no Agreste pernambucano, a aula inaugural do primeiro curso de graduação em medicina do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). Oitenta estudantes (59 mulheres e 21 homens) de vários estados, com vivência no campo, começarão as aulas no próximo ano.
A solenidade não entrou na pauta dos veículos da mídia corporativa, a mesma que deu voz à “polêmica” gerada por um programa federal que existe, literalmente, desde o século passado, mais precisamente o ano de 1998, governo Fernando Henrique Cardoso.
Passada a aula inaugural, o curso de medicina do Pronera viverá outro capítulo importante. Dessa vez, no Tribunal Regional Federal: a 4ª Turma vai analisar um agravo onde ainda se tenta sustar o edital do programa.
O resultado dessa votação tem um peso bastante significativo porque será a primeira decisão colegiada sobre o assunto. A 4ª Turma é formada pelos desembargadores Fernando Braga Damasceno, Manoel de Oliveira Erhardt e Rubens de Mendonça Canuto Neto.
Fernando Braga é o relator e já se manifestou, liminarmente, a favor da Universidade Federal de Pernambuco, reconhecendo a constitucionalidade e legalidade do programa.


