A derrubada da conta de Jones Manoel, logo após o historiador bater a casa de 1 milhão de seguidores no Instagram, acabou o impulsionando para um patamar acima no debate público. Na noite da quarta-feira, ele participou do Flow Podcast. O trecho da conversa que acompanhei estava com audiência de 36 mil pessoas ao vivo. Eram quase 23 horas.
Derrubado do Instagram e Facebook na quarta-feira à noite, por volta das 19h50, Jones fez um pronunciamento em vídeo. Logo em seguida, uma série de postagens repercutiu o confisco e acabou gerando um movimento de apoio. Política com Opinião engrossou o coro.
A esquerda, publicamente, acabou se unindo em torno da solidariedade ao camarada Jones. Figuras públicas, parlamentares, páginas progressistas e portais noticiosos repercutiram o fato. O repúdio à ação da Meta reacendeu o debate sobre a necessidade de regulamentação das redes sociais.
Ele vinha num crescimento de 25 mil seguidores/dia, embalado por uma sequência de boas participações em debates contra figuras que se dizem conservadores e entrevistas, a respeito da que concedeu ao podcast Mano a mano, na companhia do ex-preso político Wilson Barbosa.
Pouco mais de 24 horas depois da derrubada, a conta foi devolvida a Jones. Se foi o movimento de apoio que forçou esse efeito, fica difícil dizer. O fato é que a Meta confiscou o acesso sem explicação; devolveu sem justificativa.
Jones Manoel tem dedicado tempo e energia à produção de conteúdos e debates sobre política, no sentido amplo do termo, com um dos focos nas questões que envolvem a soberania nacional.
Escrevi pela primeira vez sobre ele em agosto de 2023. Na ocasião, ele mantinha o canal do YouTube há cinco anos.
“São 932 vídeos publicados, 273 mil inscritos e a certeza que o maior megafone desse militante leninista-marxista está nas redes sociais, onde coleciona também críticos e haters (odiadores, em inglês)”.
Para 2026, esse comunista e crítico do governo Lula pode ser que encontre um lugar de ainda mais projeção. Jones tem defendido a necessidade de uma candidatura à Presidência da República ideologicamente fincada na extrema-esquerda.